Ando num dilema: impor limites na Sofia.
Eu sei que criança ainda não tem juízo,ou melhor pelo menos não tem um raciocínio igual a de um adulto,mas creio que é desde pequeno que nós temos que ensinar o que é certo e errado para nossos filhos,e impor limites há eles. Mas também sei que essa fase (1/7meses) é das descobertas,sabe aquelas bem cabeludas; colocar o dedo no fogo,só pra saber se queima,rsrs... Fuçar nas coisas da mamãe,calçar os sapatos,usar o batom,enfim... Só ficar parada quando está dormindo,zzzzz!
Visistando os blogs de mamães,encontrei um texto Maravilhoso sobre o assunto,me ajudou bastante a esclarecer algumas duvidas, e por isso resolvi compartilhar com vocês..
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Vocês já pararam pra pensar em quantas vezes já brigamos com nossos filhos, inconscientemente, por causa dos outros?
Meu filho está correndo no shopping e tem um casal olhando feio.
Minha filha está mexendo nas pedrinhas de uma floreira na frente da pizzaria e tem uma recepcionista olhando torto.
Minha filha está animadíssima no avião
cantando “Ai se eu te pego” na versão que só ela sabe e o careca da
frente está suspirando de mal-humor.
E o que nós fazemos instantaneamente?
FILHOOOOOOOOOOOOOOOOOO (A) PAREEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE AGORA. CHEGA!
Reação? Ele (a) para, te olha profundamente, faz um bico, abre
lentamente a boca, começa a chorar, o choro vai ficando mais alto, por
muitas vezes ele se joga no chão e não tem pepê, naninha, massinha de
pizza que vai fazê-lo (a) parar, pela surpresa negativa que a sua brusca
interrupção da brincadeira tão ingênua que ele (a) estava alegremente
fazendo.
Nós não estávamos nos incomodando com a brincadeira.
Os outros estavam.
Quem sabe o careca da frente do banco do
avião estava de mal-humor porque passou horas no aeroporto esperando
pra embarcar?! Quem sabe o casal olhando torto no shopping para uma
criança feliz é daquele tipo “nós dois nos bastamos, não queremos
filhos”?!
Já diria o Faustão “filho é que nem peido, só aguenta quem faz”. Vocês concordam com essa citação?
Será que nossa sociedade, a mesma que
gosta de dizer que a criança tem que ser feliz, tem que viver em um
ambiente cheio de estímulos com muito amor e felicidade, que devemos
incentivá-los a viver a vida não é a aquela que olha com cara feia para
uma criança feliz que corre, corre, corre pelo parquinho? Hipocrisia,
não?
Falar é fácil, ver o filho dos outros
brincando alegremente no condomínio, às 20h00 da noite, atrapalhando a
novela, o jornal, é difícil.
Criança é barulhenta. Criança é agitada.
Criança gosta de dançar batendo o pé no chão, imitando o macaco.
Criança gosta de correr. Criança adora brincar.
Criança não sabe o que é limite. Os adultos sabem.
O adulto sabe que o seu direito acaba onde começa o meu e tem que achar uma maneira didática de ensinar isso ao filho.
A criança pode passear alegre pelo
shopping, pode conversar no avião, pode brincar de separar pedrinhas da
floreira, desde que não atrapalhe o direito dos outros.
Devemos entender o relógio biológico de
uma criança, essa necessidade louca de gastar energia, de perguntar
sobre tudo, de não conseguir ficar um jantar inteiro em uma cadeira de
um restaurante, já que tudo que ela olha é novo pra ela.
Percebam a diferença entre falar de uma
criança feliz e saudável e daquelas mal-educadas, correndo pelas mesas,
derrubando a toalha, tornando qualquer restaurante uma guerra de um
desenho do Ben 10, crianças sem limite.
Nós como mães temos a responsabilidade de mostrar os limites, mas são “limites delimitados”, criando regras e exceções:
No avião pode cantar?! Pode, mas não precisa gritar, imitando a Fat Family.
No restaurante pode brincar depois de
jantar?! Pode, mas não precisa correr entre as mesas, procure um lugar
onde não atrapalhe quem está comendo. A maioria dos restaurantes possui
um espaço kids, leve seu filho pra lá.
No shopping pode correr?! Pode, mas só em corredores ou em ambientes propícios para isso.
Procurem sempre ter esse diálogo com seus filhos, a disciplina dele depende diretamente de suas intervenções.
E não olhem nunca pro seu filho sob os olhos dos incomodados, sobretudo aqueles que não convivem com outras crianças, são eles que não se colocam no lugar do seu filho (a)
e esquecem que já foram crianças um dia. E caso você fique em dúvida,
pergunte quem está ao seu lado. Meu filho está incomodando? Caso esteja,
procure conversar sutilmente com seu filho, ensinando e não dando
bronca. Claro que existem várias maneiras de intervenção, as que exigem
maior energia, aquelas que só um olhar já basta e depende muito da idade
do filho. E cada pai tem o seu jeito de intervir. Porém, defendo aqui
que a intervenção tem que ser para ensinar e não a bronca pela bronca.
Gritar é fácil, mostrar o caminho do porque não é mais difícil, mas
muito mais assertivo.
A sociedade às vezes nos força a ter uma
atitude. Quem passeia pelo filho pelo shopping e passa por aquela
temida cena de “EU QUEROOOOOOOOOO” no meio de uma loja de brinquedos e
aí você diz que não, explica o porque não, o filho chora chora chora. As
pessoas param e esperam pra ver qual será a sua intervenção. Intervir
em público é desafiante. Sabem quando estamos nas aulas de auto-escola,
andando a 30km/h e tem um carro na maior pressão atrás de você? Passar
por essa cena é igual, pressão pressão pressão. Não cedam à pressão.
Ajam com energia, com diálogo, com calma. Azar daqueles que pararam pra
presenciar a cena. Eles que vão cuidar da vida deles!!!
E uma coisa pode ter certeza: vocês
nunca estarão 100% seguras se estão intervindo de forma correta. Às
vezes nos arrependemos de certas atitudes enérgicas que nós temos. E às
vezes nos arrependemos de não ter tido. Dizem que a criança não tem
memória. Ela tem sim. Seja coerente com os valores que você e seu marido
possuem e sigam em frente. Se vocês acham que a criança não deve
mexer naquele armário, NUNCA deixem. O que não pode é deixar um dia,
proibir no outro! E temos que tomar cuidado com a autorização x
desautorização. Acontece muito de a mãe dizer não e o pai, sim. E
vice-versa. Ou de dizerem não para tudo para o primeiro filho e no
segundo, liberar geral. Minha mãe costuma dizer que a coerência é a
nossa virtude e é o que transmitimos ao mundo. As pessoas incoerentes são perdidas. As mães incoerentes criam filhos perdidos.
Beijos da mamãe:)